quinta-feira, 26 de junho de 2008

Então...

Pois é gente, dei um tempo com a minha frenética-e-compulsiva-mania-de-postar porque depois que se acabam as minhas provas eu sempre passo por um período de vazio cerebral (?), tipo vácuo, sabe? Então, também me dá medo.

Minhas notas estão catastróficas (adoro essa palavra) nesse bimestre. Nada muito grave, que renda exames ou DP's mas se tem uma coisa que eu não admito é ficar "na média". Ou tira dez ou tira zero, pô. Odeio tirar seis e fechar em cima da média. Sim, vocês já sabem disso porque eu já disse aqui que sou "extremista ao extremo". Chata também e bláh. Mas acontece que não admito certas coisas acontecerem comigo.

Passei uma semana de cão, estudando todos os dias, e sexta-feira passada fiz minha última prova que era de Literatura Portuguesa. Me empolguei tanto que escrevi quatro folhas inteirinhas, com muitos exemplos e tal, queria até postar as minhas respostas no blog jurando que tinha a-ba-fa-do, que a professora colocaria minha prova num quadro e tudo mais. Dormi feliz até...

Passei a semana toda me deparando com notinhas "mazomenos", um seis de cá, um sete e meio de lá, UM mísero dez e nunca saia a droga de nota da única prova que eu achei ter ído bem. Quando hoje abri o portal pra conferir minha nota, *tcharammm*: 7. CARA! Sete?! Não é de Deus! Eu estudei essa merda matéria, tá certo que não li um dos livros, mas meu embromation sempre funcionou tão bem e eu podia apostar que tinha acertado duas das três questões da prova...

Estão achando que me conformei? Neeeem morta. Fui lá e quebrei a cara da professora. (?)
Mentira, mas eu fui pra isso (femproporex on). Entrei na sala dos professores e:

- Professora, a senhora pode me explicar meu sete?
- Ham?
- Sim, POR QUE eu tirei sete??????
- Ah, Ana Laura, me lembro que você foi bem na prova, como sempre, sua escrita estava ótima.
- Ah, como assim? A caligrafia? Porque se tivesse ótima no conteúdo não teria tirado SETE.
- Não, estava muito boa mesmo, mas você deve ter deixado de fazer algum trabalho, não é?
- "COMASSIM", eu passei vários dias fazendo aqueles testamentos fichamentos que a senhora mandou e não tive a nota que eu esperei?????
- Bom, vamos ver a sua prova...
- Olha aí, tirei cinco na prova, com três pontos dos fichamentos: OITO. E oito já é uma nota ruim cara, tirei nove e meio bimestre passado.
- Calma querida, você fez meu trabalho em sala?
- Que raio de trabalho em sala?
- No dia em que eu fui pra Ouro Preto e deixei uma atividade pra vocês fazerem.
- MAS EU TAMBÉM FUI PRA OURO PRETO, PÔ!
- Ah, sim queridinha, não se aflija, então foi isso. Claro! Você não fez porque foi conosco pra Ouro Preto... Restituirei seu ponto no próximo bimestre.
- Tá, menos mal. Tchau, e passar bem professora (filha da p*) querida.

(...)

Ainda assim fiquei p* da vida. E minha moral? Já não bastava meu vergonhoso seis de Língua Portuguesa, tinha que ter um sete de Literatura? Ou vou bem de Língua e mal de Literatura, ou o contrário, ir mal nas duas áreas é pedir pra estudar no mobral, né?

Bom, agora estou de férias (finalmente), mas semestre que vêm, prometo que me sentarei na primeira carteira, assistirei todas as aulas, lerei todos os livros indicados, farei todas as atividades propostas, não farei críticas às roupas/sapatos/cabelos/make up/finese das minhas colegas de classe e professoras na hora da aula (só na hora da aula, que fique bem claro), não matarei aula no Mc Donald's nem na cantina tomando café e reclamando da vida, não escreverei cartinhas suicidas ao invés de copiar matéria, não ficarei comprando maquiagem do catálogo enquanto a classe conjuga verbos, não rirei das piadinhas seculares nem das respostas imbecis que os corajosos arriscam palpitar, não faltarei toda quinta-feira, estudarei adiantado para as provas para não ter que usar o embromation de sempre e nem as artes da psicografia de Alan Kardec, limparei os sapatos das professoras (mentira), e só tirarei DEZ. E tenho dito...


P.S. - Exagerada é sua avó!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A descoberta do amor

“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos.
Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos.
[...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor.
[...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”
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- Clarice Lispector -

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Desafio.

É verdade que não gosto de Memes e tal. Mas o fato é que eu nunca respondi a nenhum. De uns tempos pra cá andei pensando em como eu tenho facilidade pra desaprovar coisas que eu nunca fiz. Vou responder esse como desafio e porque a Vivi me indicou. Consiste em responder quinze ítens. Três alegrias, medos, objetivos, obsessões e fatos surpreendentes. Depois eu digo se eu gostei.

Três alegrias:

-> Tempestades fortes.
Meodeusdocéu, não tem nada que me deixe mais alegre e satisfeita que olhar pro céu e ver várias nuvens negras se formando, traços brilhantes cortando o céu e aqueles trovões ensurdecedores. Fico super feliz e animada. (? acho que ninguém vai entender essa)

-> Livros bons.
Me sinto plena e muito bem acompanhada quando tenho um livro bom em mãos. Às vezes penso que se me dessem uma bibilhoteca só de livros bons, o mundo poderia acabar que eu nem iria perceber.

-> Companhias agradáveis.
Mas não é qualquer companhia não, é aquela que quando está junto de você, surge aquele pensamento: "queria que alguém congelasse a cena e me deixasse aqui pra sempre". E não tô falando apenas de companhias provenientes de relacionamentos amorosos, sinto isso quando estou com alguns amigos e é uma pena que esses momentos sejam tão raros e passageiros.

Três medos:

-> Me tornar uma louca-psicótica irrecuperável.
Explico: Sim, descobri que, além das tendências óbvias que eu tenho pra insanidade mental, na família do meu avô materno as pessoas morrem de loucura, então estou considerando essa possibilidade já que puxei outras características desse meu avô também, tipo, a intolerância com as pessoas.

-> Incapacidade de amar.
É, aquele medo de passar a vida inteira sem conseguir gostar de ninguém e virar uma velha ranzinza e chata que não tolera e que também não é tolerada pelos outros. Meu eterno medo da cauterização e apostasia de sentimentos.

-> Ficar sozinha no final.
Claro, porque esse é o fim da velha ranzinza e insuportável citada acima.

Ah, são só três? Queria dizer que tenho medo de freira também.

Três Objetivos: (tem uma lista de objetivos aí ao lado também)

-> Dar continuidade aos meus estudos pós-graduação.
Especialização, mestrado, doutorado, livre docência, afinal minha paixão pelo mundo acadêmico é algo que só faz crescer a cada dia. Quero estudar pra sempre... (momento me segura)

-> Morar sozinha.
Desde os três anos (idade com que tentei fugir de casa pela primeira vez, J-U-R-O) meu sonho é morar sozinha. Sim, não ter que dar satisfações de nada a ninguém, sair, chegar a hora que eu bem entender, demorar 5 horas no banho, acordar de madrugada pra assistir filme e fazer pipoca, arrumar meu armário só quando me der na telha, convidar meus amigos pra passarem dias-semanas-meses (anos não!) na minha casa, essas coisas... Minha super síndrome de D. Pedro (independência ou morte). E nem é só no sentido financeiro, também no sentido emocional, intelectual (?), etc. Quero escrever meu próprio manual de auto-ajuda, hahaha, ser independente, saca?

-> Passar em um concurso público.
Já está até escrito aí na lista ao lado e esse item é uma pretensão mesmo, não uma ilusão. Acho que nesse país onde nenhum trabalho é valorizado, a única chance de encontrarmos estabilidade é sendo funcionário público. No final do ano que vêm entrarei desesperadamente na minha saga pela vaga definitiva. (Rogai por mim)

Três obsessões: (Terei que selecionar porque dizer só três obsessões de uma pessoa quase-louca é uma missão impossível)

-> Escrever.
Se não for no blog é no caderno, em agendas, bloquinhos, na mão, nas pernas, na testa (?), em qualquer lugar. Eu tenho necessidade de escrever pra me organizar, pra organizar meus pensamentos, enfim...

-> Auto-fotografias.
Sou capaz de fazer um make-up glamuroso numa tarde qualquer e uma super-produção só para o meu próprio deleite ante os flashes. Loucura, mania, coisa de narciso, digam o que quiserem! Eis a mais fútil de todas as minhas obsessões...

-> Mania de perseguição.
O tempo todo olhando pros lados, pensando em câmeras escondidas, em espiões contratados, forças maiores, enfim... Mania de suspeitar de tudo e de todos, de achar que sempre há um complô contra mim, de suspeitar de invasões hacker, rastriamento de linha telefônica, tentativas de seqüestro, essas coisas. (ultimamente passou a sensação "reality show" e tenho pensado em alieníginas-espiões que pretendem me abduzir)

Três fatos surpreendentes:

-> Gostar de tudo que é impossível.
Tudo que não pode eu quero, coisa impressionante. Se não puder eu gamo, entende? Se for impossível (lê-se furada) eu me apaixono, cara. Se eu for ao zoológico, darei comida aos animais só porque na placa está escrito que NÃO pode, pisarei na grama, enfim. Coisa de maluco (e juro que não é redundância me afirmar louca o tempo todo). Tenho mór dificuldade de obedecer qualquer regra, limite ou imposição. Sempre gostei dessa vertente platônica da vida, de coisas impossíveis, enfim, acho que é masoquismo até, gostar de sofrer e tal...

-> Nunca ter namorado sério.
No auge dos meus vinte e um anos eu afirmo isso e as pessoas desacreditam. Mas acho que lendo as minhas respostas até aqui vocês vão entender o porquê. hahaha... Nunca namorei sério. Vivi minha adolescência inteira envolvida em meus amores platônicos e, quando se tornavam reais, eu me desiludia total. O meu affair mais duradouro foi de dois meses. Como já disse, por sempre gostar de tudo que é impossível, por ser intolerante (certeza), enfim. E o mais surpreendente é que não pretendo namorar tão cedo. E tô pagando pra ver quem me muda de idéia. Telefone pra contato: 0XX16. Mentira, acho apenas que ainda não é a hora.

-> Trocar qualquer programa de TV por qualquer novela mexicana.
Já falei super aqui que adouro dramalhões mexicanos, mas já que pediam um fato surpreendente, nada mais apropriado para se contrapor ao meu gosto pelo ambiente acadêmico e minha paixão pela literatura. Mas acredito que cada um tem pelo menos um gosto-trash e eu não tenho problema nenhum em dizer que me amarro em novela mexicana. hahaha. (Oi, ainda quer ser meu amigo?)



Então, não achei assim, "coisa de outro mundo" responder ao Meme mas também não doeu nada... Parece aqueles "cadernos de pergunta" que usava-se fazer na época do colégio, etc (isso ainda existe? Tô ficando velha). Pra nós que estamos respondendo é legal, meu medo é só parecer um post chato e egocentrista, mas enfim, deixa pra lá, não seria o primeiro nem o último.
Pediram pra indicar três pessoas pra fazê-lo mas eu me recuso, deixo por conta de quem gostar e quiser. Fiquem á vontade.



P.S - Gente, desculpa a ausência das minhas visitas e comentários mas é que estou em semana de provação, digo, provas, e tá muito difícil ler qualquer outra coisa que não sejam minhas apostilas. Depois passarei lendo as postagens atrasadas, até porque adoro e sinto super falta de ler certos blogs. Beijo na testa de todos vocês!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Vim só pra falar coisas soltas:

Tô chateada e não sei o porquê.

Odeio que duvidem de mim.

Tô com vontade de não ser eu por alguns dias. (7 dias seguintes)

Queria andar de Kamikaze hoje. Agora, tipo, pensei em instalar um aqui na minha sala.

Hoje a Raquel se colocou no meu lugar e escreveu um texto sobre minha vida.

Eu posto mentiras em blogs seculares.

Se eu não comprar a fotobiografia da Clarice Lispector vou morrer dentro de três dias.

Amanhã vou dar minha primeira aula particular pra uma criança de nove anos. A mãe dela é louca.

Estou me assustando facilmente.

Adoro os pícaros.

Tenho cinco provas nos cinco dias úteis da próxima semana.

Não gosto de flores, especialmente rosas. São clichês. Me dêem livros.

Li um livro hoje (é, li inteiro hoje, 213 páginas) e adotei uma nova postura.

Tenho mais dois livros pra ler e tô com medo de adotar mais duas novas posturas.

Talvez eu não volte aqui essa semana. Talvez eu volte.

Não sinto fome, Deus é bom pra mim. Não sinto fome, Deus é bom pra mim.

Não sinto fome, femproporex é de Deus.

Femproporex é de Deus.

De Deus.

Amém.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Morreu.

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“Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente
- como em dores de parto -
e vi que a menina em mim estava morrendo.
Nunca esquecerei esse domingo.
Para cicatrizar levou dias.
E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica.
Sem menina dentro de mim.”
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Clarice Lispector
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Precisando de um tempo em "silêncio". Obrigada a todos visitantes assíduos, volto logo, prometo. Beijos!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Galerinha do mal


Sabe o que é?

Depois do final da novela das oito, quando todos os vilões tiveram finais felizes, eu não quero mais ser boazinha, definitivamente! (algum dia eu fui?)

A vilã-mor (vulgo, Maria Sílvia Barreto Pessoa de Moraes), tentou matar aquele menino feio (Renato) afogado, enforcado, no tiro, enfim, fez todas as maldades e atrocidades possíveis e terminou muito melhor do que a mocinha (Maria Paula cara-de-sonsa). Sim, porque viveu "feliz pra sempre" com um marido lindo-rico e um amante pobre-fogoso em Paris. PARIS gente! Ou seja, a Rede Globo acabou com aquela lição moral "final-de-trama" que sempre diz que o crime não compensa. Compensa sim, oras!

(eu sei que já faz quase uma semana que a novela terminou e eu estou com a temática um pouco atrasada, mas é que comecei a escrever isso segunda-feira e parei)

Mas o que eu ia dizendo é que de nada vale tentar ser boa gente, cultivar sentimentos nobres, trabalhar dignamente, ser honrado, fiel e todas essas coisas bonitinhas porque no final bonzinho só se fode.
É... *Empolga*, vamos ser maus, matar pessoas, roubar bolsa de velhinhos, acabar com festas infantis, estorquir gringos e velhos ricos, ter duzentos amantes, ganhar presentes caros (perfumes importados, roupas de marca, viagens, cruzeiros, carros e afins), roubar doce de criancinhas, fumar cigarros pretos, atirar pedras em passarinhos, fazer pacto com o capeta. (???)


MENTIRA gente, não é nada disso que eu vim falar...


Mas é verdade que eu sempre gostei mais da galerinha do mal. Sim, já repararam como os vilões sempre tem um senso de humor blasé, cheio de tiradas satíricas-irônicas, tem senso crítico e são sempre muito, mas muito mais bonitos e bem vestidos que os mocinhos?
Cara, eu sempre pensei assim desde que assistia Carrossel na infância. Aquele bando de criança chata-melosa-indecente e puxa-saco da professora Helena e a vilãzinha já era diva. A mais bonita... Como esquecer Maria Joaquina? Impossível!

Depois mergulhei na atmosfera do SBT e virei praticamente sócia da Televisa. O que o sr Senor Abravanel comprasse de dramalhão mexicano, eu vidrava os olhos e nem piscava.
Tá, é cafonaaa, bregaaa, podreee... Mas não existe nenhum lugar no mundo em que se fabriquem vilões melhor do que no México.
São praticamente super-heróis do mal. Claro, as mulheres sempre mais inteligentes, articuladas e frias que os homens e, quase sempre, são elas as mentoras que os articulam. Mulheres lindas, super maqueadas, com roupas de prostituta de luxo, cabelos, cílios e unhas impecáveis (lê-se postiços), uma frieza incalculável e uma falta de humanidade implacável. Se são más, são pééééssimas de acordo. Não existe meio-termo. No México, quando a personagem é vilã, chega ao extremo de passar suas horas vagas esmagando formiguinhas inocentes, e em outros momentos mandar explodir o mundo e se aliar ao capeta. É tudo ou nada! A-DO-RO!

As mocinhas sempre com suas caras de Sandy (virgens songa-mongas), reputação de Madre Teresa (quase dá pra canonizar), uma propensão incrível pra serem otárias e um ar de inocência que dá até tédio de olhar.

Enfim, eu prefiro o lado mau, que vive feliz a trama inteira, se dando bem e desfrutando do melhor da vida, do que o lado bom, triste, que come o pão-que-o-diabo-amassou e só é feliz no último dia da novela, e assim mesmo, a gente nunca vê a felicidade deles porque nunca ficamos sabendo o que acontece após o "the end". Mesmo que os vilões morram queimados, de acidentes automobilísticos ou baleados pela polícia, ainda acho que levam vantagem porque sempre tem uma morte instantânea sendo que os mocinhos sofrem por longos anos. Ah, tem aqueles vilões que enlouquecem no fim da trama também, mas sempre são internados em clínicas de luxo e recebem todo amor e apoio da família.

*Empolga²* ééé... quero ser Serial Killer!!!

Devaneios á parte, eu acho que a mídia tende a influenciar o telespectador de forma com que esse acredite que ser bonzinho é muito chato e monótono, enquanto os vilões sempre tem uma vida "fervida", cheia de cenas emocionantes, vivem cheios de dinheiro, moram em lindas mansões, ficam com os personagens mais bonitos, estão sempre lindos e impecáveis, freqüentam as festas mais badaladas, os bonzinhos passam o tempo todo chorando, sofrendo calúnias, sendo vítimas de injustiças e fazendo o diabo a quatro pra conseguir sobreviver.

Bem, está mais do que justificado, agora se vierem me chamar de má, implacável, sem coração, insensível, inescrupulosa e todos os outros adjetivos de bad people, já sabem que vivi desde a infância construindo um conceito de que a galerinha do mal sempre leva a melhor!

Melhor que ser Maria Paula é ser Maria Sílvia, melhor que ser Paulina Martins é ser Paola Bracho, melhor que ser Maria do Bairro é ser Soraya Montenegro!! E tenho dito...


Ass: Ana Laura Barreto Pessoa Moraes de Montenegro e Bracho (?)


HA-HA-HA-HA-HA (risada demoníaca)
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P.S - Trilha sonora inspirada no tema musical da vilã global mais feliz do século!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Tarde mística...

Raquel says: Ahhh, não é nada demais. É só por um dia e tal. Lá estava eu, jogando o meu “Tarot do dia gratuito” (caso do acaso, bem marcado, em cartas de tarooot...).

Lalinha says: Me passa o site do tarot??

Raquel says: http://www.personare.com.br/

Simetria amorosa:

Como Ana ama?

Ao nascer, Ana tinha o planeta Vênus no signo de Escorpião. Sabe aquela frase que diz que o amor tem que ser "na alegria e na tristeza, na saúde a na doença, até que a morte os separe?". Pois é, deve ter sido inspirado em alguém de Vênus em Escorpião. Uma pessoa com este posicionamento de Vênus ficará ao seu lado haja o que houver, sendo fiel e dedicada a você em todas as crises, saindo de sua vida apenas se você expulsá-la.

Vantagem: Ana é do tipo de pessoa com quem você pode contar para qualquer coisa. Quando ama, sua fidelidade é total e incondicional.

Desvantagem: ciúme, possessividade e uma fantasia estranha de que quando duas pessoas se amam têm que estar "fundidas" tende a ser o pior lado de Vênus em Escorpião.

Como lidar: não faça nada que provoque seu ciúme. Nem por brincadeira!

Possíveis presentes ideais: livros e DVDs de mistério, dramas ou terror, roupas (pretas), lingerie sensual, diário com chave, cofre, uma noite num motel incrível, sua alma entregue em contrato assinado e com firma reconhecida.

O pior que você poderia fazer: trair a confiança de Ana. Faça isso, e dê adeus ao seu amor. E certifique-se de estar bem longe quando Ana descobrir a mentira ou a traição...

Fui obrigada a assinar em baixo: Ana Laura Rodrigues.


P.S- Pessoas, esclarecendo quanto essa coisa de "possessividade e ciúme". Isso acontece quando há amor de verdade, e conseguir o amor de um capricorniano nascido com vênus em escorpião é uma missão quase impossível, somos do tipo que acredita que amor é uma vez na vida e olhe lá. Pra nós é muito mais comum estar num relacionamento sem amar, portanto são raras essas crises possessivas-neuróticas-agudas.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Intensamente indiferente.

(...)
"Mas a minha mais arcaica e demoníaca das sedes me havia levado subterraneamente a desmoronar todas as construções. A sede pecaminosa me guiava - e agora eu sei que sentir o gosto desse quase nada é a alegria secreta dos deuses.
(...)
Eu estava limpa de minha própria intoxicação de sentimentos, limpa a ponto de entrar na vida divina que era uma vida primária inteiramente sem graciosidade, vida tão primária como se fosse um maná caindo do céu e que não tem gosto de nada: maná é como uma chuva e não tem gosto. Sentir esse gosto do nada estava sendo a minha danação e o meu alegre terror."
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Clarice Lispector in "A paixão segundo GH".
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Realmente, Clarice. É o gosto do nada que me alegra e me aterroriza simultâneamente.
Já há tempos que tenho notado os meus sentidos sonsos e afetados, numa apostasia total de reações...
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"No sense", "no sense".
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Por que meu Deus? Deus? É... Deus! A Ele também tenho dedicado uma bela porção da minha apostasia, da minha cauterização.
Me sinto anestesiada em relação ao mundo, em relação às pessoas, mas, de repente, tenho golpes súbitos de sentimentos que se manifestam esporádicamente de uma forma explosiva e ameaçadora. Depois isso também passa e tudo volta a ser assustadoramente sem importância.
Humor comprado, idéias vendidas, o que será que eu realmente sinto no fundo do meu âmago? Porque eu sei que eu sinto mas não consigo saber o quê.
Mas como será que meus sentimentos se manifestariam realmente se eles tivessem liberdade e aptidão para tal?
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Ah, tenho medo de mim e do meu silêncio...
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Em alguns momentos nada no mundo faz sentido para mim. E não acho graça de nada, não gosto de ninguém. Imagino até, que nesses momentos, se eu perdesse alguém que amo, alguém da minha família, agiria de forma indiferente. Indiferença? Eu, que nunca fui indiferente a nada e nem a ninguém, por quê agora sinto como se a vida ou o fim da mesma tivessem o mesmo valor? Ou valor nenhum?
E em partes é uma alegria não-sentir. Sim, eu não tenho sofrimentos e nem pesares em relação a nada e nem a ninguém. Mas é uma vida sonsa de sentidos e, logo eu, que gosto é da intensidade das coisas? Não. Não é pra mim...
Quando chega a hora de sentir eu sinto de forma que dói, que fere, que choca. Sinto um amor doente e carregado de ódio pelo mundo e pelas pessoas. Eu amo tanto que chego a odiar com a mesma força de expressão... Sou capaz de dar minha vida por amor de algo/alguém, e depois de alguns instantes poderia fazer o contrário sem culpa e sem remorsos, agindo com a mesma anterior inescrupulosa indiferença... E desculpe tantas antíteses e tantas perguntas, é que realmente me parece a melhor forma de expressar tanta contradição.
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Será que eu não sei lidar com os sentimentos mais simples e primários?
Será que eu não sei aceitar as pessoas com suas individualidades?
Será que eu não sei ponderar?
Será que eu não sei me expressar?
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Eu não sei se é pior esse não-sentir que me impede até de ter prazer no gosto das coisas, que tira até mesmo o sabor dos alimentos, que faz com que tudo pareça insípido, inodoro e incolor, ou se é pior ser atentada por essa "arcaica sede demoníaca" que me leva a querer tudo e querer intensamente, sem moderação...
E não quero preocupar ninguém, já que também eu não me preocupo, porque sei que daqui a pouco, nada disso terá a mínima importância pra mim.
Como diria Cássia Eller, Socorro:
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"Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva"