quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Satisfações (no sentido de se explicar, não de se estar satisfeito)

Como indagou sabiamente a Raquelzinha: "como você sente NECESSIDADE de escrever e não escreve, amigues?", simples, eu simplesmente não arranjo tempo.
Tudo bem que meu patrão passou a semana passada inteira internado com "crise vertiginosa" [insira aqui, caro leitor, sua piada sobre a crise vertiginosa dele] e era pra eu ter ficado aqui contando as moscas mas acontece que andaram solicitando alucinadamente meus serviços de blogger stylist e na última semana eu fiquei muito ocupada na construção de três layouts (o do Eddie valeu por mil porque ele muda de idéia assim como eu mudo de humor).

Bem, meio que menti na declaração acima porque considerando que eu sou uma pessoa totalmente viciada em internet e que passo, no mínimo, 12 horas/dia (sim, DOZE) na frente do pc, é bem curioso que eu não arranje tempo para escrever um mísero post. Tá bom, na verdade é pura preguiça e um profundo vazio mental mesmo. Pronto, falei.
Também ocorre que eu escrevo o dia todo no twitter. Cada acontecimento é uma twittada então meio que me desmotivo a criar um post para repetir o que já falei por lá. E o fato de ter três (em breve quatro) blogs também não ajuda...

Em suma, aconteceram algumas coisas interessantes nos últimos dias mas que, não se anime, não vão mudar a sua vida.

- Fui a 4 médicos e descobri que minha coluna se definhará antes do meu fígado. (juro)
- Enchi a cara, causei horrores e passei mal. (nah, isso já é rotina)
- Voltaram as aulas, os trabalhos, os livros, as apostilas, as fofocas, enfim.
- Estou sendo perseguida pela versão masculina (?) da Madonna.
- Aprendi a jogar truco. (seis miiiii, ladrão)
- Me embriaguei com whisky ESCOCÊS. (desculpa, aí)
- Fui a um carnaval de rua. (taí uma coisa inédita)
- Pela PRIMEIRA VEZ na vida eu cuidei de um bêbado. (acreditem, eu, SÃ)

E... e... e... vegetei.

Depois de amanhã esse blog completa um ano. Pra mim isso é muito importante e motivador visto que esse foi o meu primeiro blog e tals mas não, não volto aqui pra postar sobre isso.

Beijosdesliga. Câmbio.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Hiperatividade mental.

Hoje eu tô sentindo NECESSIDADE de escrever, apesar de estar um pouco desmotivada de fazê-lo aqui no blog. Isso sempre acontece quando percebo que não vou dizer nada que faça algum sentido para alguém além de mim. Só. Apesar de que eu, veja bem, eu NUNCA escrevo nada em vão. Sempre jogo palavras soltas, não tão explícitas, mas que de alguma forma resumem o que realmente quero dizer.
Engraçado porque essa coisa do hermetismo me é peculiar desde a infância. Me lembro de que quando eu tinha uns cinco anos eu fiz um desenho. Quando se tem cinco anos é muito legal desenhar. E eu me lembro perfeitamente do desenho naquele caderno quadriculado da pré-escola encapado com papel azul e plastificado também. Pausa para recordação: me lembro que naquele mesmo caderno, a tia Carminha, minha primeira professora, escreveu uma dedicatória pra mim antes de abandonar minha sala por estar doente. A tia Carminha usava calças de cotton e camisetas compridas que ela prendia só de um lado no cós das calças. Um horror, Jesus! E eu achava aquilo bonito, elegante e queria copiar. Tia Carminha foi a primeira pessoa de quem senti falta e por quem chorei na vida, e ela escreveu:

"Querida Ana Laura, espero que você continue sempre sendo essa garota esperta, atenta e inteligente que gosta de ouvir e de contar histórias. Com carinho, tia Carmem".

Óunnn... Tia Carminha, te dedico!

Voltando ao desenho. Então eu desenhei uma cabine de vidro alta e com duas escadas bi-laterais de acesso. Ela era cheia de detalhes e, por alguns instantes, me remeteu a um dragão. Dentro dela estava minha família toda: mamãe, papai e irmãozinho (que era um recém-nascido). Intitulei o desenho de "robô-dragão feminino de observação". E eu não faço a menor idéia do que eu queria dizer com isso. Mas naquela época fazia o maior sentido pra mim. Como essas palavras fazem hoje. E depois eu aprendi a fazer sentido usando as palavras, ao invés dos desenhos, e dizer coisas bobas propositalmente para te atingir, paixão. Mas se veio só pra tentar me decifrar recomendo que você pare por aqui.

Acontece que é muito anormal essa minha mania de despejar meus monólogos interiores em qualquer lugar em branco. Lugares brancos e passíveis de serem escritos sempre me pareceram um convite. E também penso que fluxos de consciência deveriam ficar dentro da... da... consciência? Mas é tão bonito... tão bonitinho. Eu só escrevo desse jeito torpe e aparentemente embaraçado quando fico altruísta e hipersensível (apesar de hoje estar com o saco cheio de tudo e sem nenhuma vontade de chorar). Mas ontem eu tava assim e hoje, quando cheguei no trabalho, encontrei uns escritos na minha mesa. Se não fosse pela letra eu poderia ju-rar que não fui eu. Mas pela grafia, que nem é cali, e é inconstante e meio desengonçada, eu sabia que fui eu mesma. Sim, fui eu! Transcrevo então um trecho?


Sinto como se o mundo inteiro fosse uma lenta camada de... de... magma vulcânico, sabe? Não? Então, é assim: sinto como se eu tivesse aqui, dentro desse cômodo branco e estático e é como se tudo ao meu redor fosse uma espessa camada quente e vermelha de magma escorrendo e vindo lentamente na minha direção. E eu não quero correr. Quero me queimar, pra valer, porque queimar é sensação, baby, e o contrário é ócio, é tédio, e fogo? Além de quente é tão bonito, atraente, sexy... ui!


(?)


Avisei pra não continuar lendo. Agora taí: decífra-me ou te devoro!

Beijinhos enigmáticos.