quinta-feira, 17 de maio de 2012

dia mundial contra o direito de ser babaca

Dia mundial contra homofobia, cejura?
Ai, galera, não sei vocês, mas eu não acho que sair na rua de mãozinha dada com seu namoradoª ou ficar twittando #homofobianao vá mudar a cabeça do resto da humanidade. Olha, se nem protestos seguidos de greve têm surtido efeito (motoristas de ônibus e professores que o digam), quanto mais protesto que não afeta a vida de ninguém. Nego que acha bacana ficar cuidando do cu do outro não pode ser levado em consideração e, na minha humilde opinião, o preconceito é inerente à babaquice do ser humano and nothing's gonna change, a não ser que o calendário Maia surta efeito.
Não consigo enxergar a lógica de TER QUE DEFENDER meu direito de dar o cu, de ser negro ou de ser mulher. Talvez o foco esteja errado; por que não lutar pela impunidade ao preconceito? Né? a lei pode ser mudada, a cabeça de gente babaca, não!
Na verdade eu meio que tenho fobia a militantes (de testemunhas de jeová a Nazistas) e sou uma idealista meio sedentária, mas por pura amizade sugiro que raciocinem previamente sobre o efeito desse protesto antes de sairem na rua vestidos de Lady Gaga nesse dia frio.

domingo, 13 de maio de 2012

Se o diabo é pai da mentira...

o mundo inteiro está querendo ser adotado por ele. Cara, é impressionante o quanto as pessoas amam ser enganadas. Todo.ser.humano.ama.ser.enganado. Todos queriam ouvir da pessoa amada que é correspondido ou que são/estão bonitos algum dia, mesmo que fosse mentira.
Todas as vezes que eu entro em redes sociais e vejo milhares de atualizações com frases moralistas e de efeito do tipo “machuque-me com a pior verdade, mas não me iluda com a pior mentira”, a vontade que eu tenho é de curtir e fazer um comentário do tipo: “olá, primeiramente gostaria de dizer que você é babaca, depois que você é feia, mal amada e mentirosa, porque duvido que gostou dessas verdades que falei. Beijo.”
O mundo gira em torno de ter uma vida social e, para ter uma vida social tranquila e se relacionar bem com todo mundo, é claro que é necessário mentir. Quando uma pessoa feia chega em você dizendo que quer se matar porque é feia e ninguém gosta dela, a primeira coisa que você vai dizer é “não, você é bonita sim”. Mentira. E você tá certo em mentir. Todos precisamos do mínimo de ilusão na vida para sobreviver. Tipo, tenho 25 anos e duvido que eu vá casar um dia, mas sempre digo que vou casar de vestido verde, numa catedral gótica e etc. Me deixem!
Outra situação em que você sempre irá mentir é quando alguém, superior a você, tipo sua chefe ou uma professora fodona de quem você precisa tirar nota, chega e te fala: “cortei o cabelo, ficou bom?” olha, se você me responder que diria “não”, vem cá acabar de escrever esse texto porque você é mais mentiroso do que eu.
As pessoas têm mania de usar moralismo onde não cabe. Dizer que não admite pedofilia não faz de você um pedófilo, mas dizer que não admite mentira faz de você um mentiroso. Coisa que você já nasceu sendo, todos nascemos.
Eu digo, sim, que não admito que mintam coisas sem necessidade, do tipo “meu pai tem um jatinho” ou “eu já morei na Europa”. Velho, você é doente. Ninguém quer saber isso. Isso não te torna mais legal. Quem tem um jatinho ou morou na Europa e sai comentando, ou era pobre e ficou rico, ou pnc, ou um attention wore. Isso não é legal. Conheço mentirosos patológicos e isso sim me preocupa, mas eu prefiro lidar com uma pessoa assim do que com alguém que enche a boca pra dizer que não mente, porque já o está fazendo.
A mentira pode salvar vidas. A mentira pode te fazer mais feliz. A mentira pode mudar a vida de alguém. Minta para uma pessoa feia que o cabelo dela está bonito, minta para uma pessoa burra que ela é genial, minta para uma gorda que ela tá parecendo mais magra, minta para uma magrela que a bunda/peito dela cresceu. Chega de tapar o sol com a peneira, pessoal: todos somos mentirosos e gostamos de mentiras.
Beijos a todos e saibam que estão muito lindos hoje. Rsss.

Lola gets (:(

Será que seria o caso de encher a cara e reclamar da vida na internet? Sempre é.
Quando as pessoas vêm me pedir pra voltar a escrever eu fico tentando imaginar se posso mesmo fingir demência e, como quem não quer nada, voltar a escrever aqui mesmo, como se eu fosse a mesma pessoa que era em 2008 quando criei esse cantinho de sociofobia. Na verdade eu até acho que sou, apenas um pouco menos babaca.
Engraçado ler meu anseio por iniciar minha profissão depois de ter passado num concurso público, mudado de cidade e viver da licenciatura. Hahaha, véi, pela primeira vez eu poderia estar aqui dizendo que consegui o que almejava mas  só consigo pensar que, ao invés de ficar angustiada pensando no tempo em que eu começaria a trabalhar, eu poderia ter, sei lá, dormido mais, amado mais, bebido mais ou transado lido mais livros.
E olha, tenho lido pra caralho e pensado que, porra, tudo que tinha pra escrever no mundo já foi escrito, mas sempre há chances de você exteriorizar seu excremento cerebral e alguém se identificar com ele, não é mesmo?
Tô morando em Campinas em um pensionato feminino, trabalhando em uma escola pública e tentando pensar que Deus não foi injusto por não ter me feito nascer bonita e talentosa o suficiente para estar tentando uma carreira na broadway, não na educação.

Anyway, apesar de sempre estar disposta a reclamar, tenho que reconhecer que nesses 4 meses de vida adulta eu conheci pessoas incríveis, inclusive a mim mesma e já consigo entrar num supermercado e comprar alguma coisa além de cosméticos, álcool e especiarias.

É nessas horas que eu desminto o ditado de que o ladrão nasce feito. A ocasião realmente é tudo, meus amigos. Muito boa noite.