
Hoje é sexta-feira: bom.
O dia amanheceu nublado e chuvoso: muito bom.
As aulas que tenho na faculdade hoje são as minhas preferidas na semana: ótimo.
Ao que tudo indica terei um fim-de-noite agradável: perfeito.
Essa ansiedade que me corrói, apesar de tudo estar correndo bem, me remete ao fato de que nunca estou tranqüila. Sempre pensando no mais tarde, no depois... Mas quando o depois chega, penso no depois dele também. Por que será que não alcanço a plenitude dos momentos?
É verdade que quando estou muito feliz não penso em nada. Mas como a vida é feita de momentos isolados de felicidade, enquanto eles não vêm me sinto em constante estado de espera: e odeio esperar!
Não consigo aderir áquela teoria, que por obséquio está muito na moda: "Carpe Diem". Acho que não fui feita para a monotonia dos dias comuns, não me adepto á rotina.
Acredito que muitos se sentem assim, mas nem sequer se dão conta. O tempo passa depressa e quando vemos, o depois que tanto esperávamos já passou faz tempo e não há mais nada a se esperar.
Não quero que os dias de minha juventude passem despercebidos na ilusão de que o momento posterior trará maiores surpresas e alegrias.
Aff... isso tudo parece clichê, por conta daquelas pseudos-teorias de auto-ajuda: "aproveite cada instante como se fosse o último." Não é isso que estou dizendo!
Clarice, Claricinha... nosso mal é querermos o "it", o "é" da coisa! Queremos o fluxo!
Mas não podemos nos esquecer que por enquanto é tempo de morangos... Sim.
PS.: Ansiedade acentuada por conta de muita cafeína e femproporex no organismo. Talvez isso explique os questionamentos acima.
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